terça-feira, 11 de setembro de 2012

CNBB lança campanha "Voto Consciente"


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou na manhã de quinta-feira, 06 de setembro, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF), a campanha “Voto Consciente”. Estiveram presentes no auditório 2 do TSE a ministra-presidente do Tribunal, Cármen Lúcia Antunes Rocha, e o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner.
Produzida em parceria com o Núcleo de Estudos Sociopolíticos (NESP) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), a campanha Voto Consciente conta com vídeos, spots para rádios e texto com orientações para o voto consciente/cidadão e pelo voto limpo.
“Com esta iniciativa, a CNBB faz valer a tradição de sempre dar sua contribuição nas campanhas eleitorais com orientações aos seus fieis e todos os cidadãos, firmadas na ética e na cidadania à luz do Evangelho. A CNBB sempre se preocupou com o voto consciente e se preocupou também com as pessoas que estão à frente das nossas cidades, estado e municípios, para que pensem o bem comum. Então, poder participar de uma campanha como esta, junto com o TSE, é uma satisfação para a entidade. O nosso objetivo é poder ajudar a eleger, homens e mulheres, que pensem no bem da comunidade, das pessoas e, especialmente, dos mais pobres”, disse dom Leonardo no ato de lançamento.
A ministra-presidente do TSE também destacou a importância histórica da CNBB na luta pelo voto cidadão. “Gostaria de parabenizar a CNBB, em nome do Tribunal Superior Eleitoral, pois a entidade cumpre um papel histórico no Brasil no sentido de fazer com que a cidadania seja respeitada e que ela se respeite, e para isso é preciso que sua participação seja coerente com que ela espera do outro, que cada um cumpra seu papel. Por isso me sinto muito honrada, representando o TSE, de estar junto com a CNBB nesta caminhada, que é uma caminhada por um Brasil em que cada um assuma a responsabilidade com a sua história e, principalmente, com a história que é de todos”.
Citando a Lei Complementar nº 135/2010, mais conhecida como lei da Ficha Limpa, a ministra destacou sua importância social, e não apenas a questão jurídica em si. “É muito importante que a lei da Ficha Limpa se torne efetiva do ponto de vista social, e não do ponto de vista apenas formal e jurídico. E aí, só cada cidadão pode fazer isso, ou seja, na hora que ele escolhe bem o candidato, sabe quem ele está escolhendo e porque ele está escolhendo, o cidadão se torna corresponsável pela administração da cidade”, ressaltou.
No site da CNBB, há um espaço com todo o material produzido pelo NESP e que está à disposição. Acesse www.cnbb.org.br e assista aos vídeos, leia os textos e ouça os spots.
Na quarta-feira, 5 de setembro, o TSE deu início à segunda fase da campanha Voto Limpo, que desde o dia 21 de agosto está sendo veiculada no rádio e na televisão. O objetivo é conscientizar o eleitor sobre a importância de sua participação nas eleições e evitar a troca de votos por vantagens indevidas.
http://www.portalum.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4736:cnbb-lanca-campanha-qvoto-conscienteq&catid=83:brasil&Itemid=460

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

"A cura do coração nos abre a Deus e aos outros", diz o Papa

Um festoso grupo de fiéis e peregrinos acolheu Bento XVI no Pátio interno da residência de Castel Gandolfo, neste domingo, 9 de setembro, para rezar com ele a oração mariana do Angelus.
Comentando o Evangelho deste domingo (Mc 7,31-37), o Papa explicou que há uma pequena palavra, muito importante, que no seu sentido profundo resume toda a mensagem e toda a obra de Cristo. O evangelista Marcos a cita na mesma língua em que Jesus a pronunciou, de modo que a sentimos ainda mais viva. Esta palavra é effatà, que significa: “abre-te”.
Jesus estava atravessando a região dita «Decápole», entre o litoral de Tiro e Sidônia e a Galileia. Levaram a ele um homem surdo-mudo, para que o curasse. Jesus o apartou, tocou suas orelhas e a língua e depois, olhando em direção ao céu, com um profundo suspiro, disse: Effatà, que significa justamente: “Abre-te”. E imediatamente aquele homem começou a ouvir e a falar. Graças ao gesto de Jesus, aquele surdo-mudo “se abriu”; antes estava fechado, isolado; a cura foi para ele uma «abertura» aos outros e ao mundo, uma abertura que, partindo dos órgãos do ouvido e da palavra, envolvia toda a sua pessoa e a sua vida.
Bento XVI acrescentou que o fechamento do homem, o seu isolamento, não depende somente dos órgãos do sentido. Há um fechamento interior, que diz respeito ao núcleo profundo da pessoa, aquilo que a Bíblia chama de “coração”. É isso que Jesus abriu, libertou, para nos tornar capazes de viver plenamente a relação com Deus e com os outros.

Missa em Roma lembra os 15 anos da morte de Madre Teresa de Calcutá

Os quinze anos após a morte de Madre Teresa de Calcutá foram lembrados, ontem, durante uma missa na antiga igreja de Santa Maria em Domnica, também conhecida como Santa Maria alla Navicella, em Roma.
A solene liturgia foi presidida pelo Cardeal Angelo Comastri em uma igreja lotada e enriquecida pelo imponente Coro da Diocese de Roma. Ao lado do altar, em meio a fumaça do incenso, era possível ver uma imagem da Beata Teresa de Calcutá.
"São 15 anos da morte de Madre Teresa, mas a sua memória está muito viva porque os santos deixam uma marca", disse o Cardeal Comastri a Zenit.
“As falsas grandezas - continuou o prelado – se apagam. Madre Teresa disse uma vez que a história é o incinerador de todo orgulho, mas ela era humilde e por isso a sua memória ainda está viva e seu exemplo ainda fascinante”.
Comastri concluiu dizendo que "o exemplo de Madre Teresa é importante na Igreja hoje especialmente depois que o Papa proclamou o Ano da Fé. Toda crise na Igreja tem suas raízes em uma crise de fé: nos disse em muitas ocasiões o Papa, e Madre Teresa repetiu diversas vezes”.
Após a comunhão, uma freira das Irmãs da Caridade, disse que "a mensagem de Madre Teresa para cada um de nós é: o Criador tem sede da sua resposta de amor. A madre exortava a nós irmãs, com estas palavras: amem umas às outras, como Deus amou vocês, pois o amor é o fundamento do sentido da vida e onde há amor, há Deus”.
Concluída a Missa foram expostas duas custódias com relíquias de Madre Teresa para veneração dos fiéis; depois, duas irmãs entregaram um pequeno cartão contendo uma medalha e uma frase da beata albanesa ‘transplantada’ na Índia.
Padre Brian Kolodiejchuk, postulador da causa de canonização de Madre Teresa de Calcutá, disse a ZENIT: "Estamos à espera de um milagre, recebemos muitos relatos de graças, todos os anos, quase sempre ocorrem casos importantes e estamos investigando, ainda que, no momento esperamos um caso forte e sólido o suficiente para apresentar para o processo. Estamos confiantes de que vai chegar”.
"É preciso lembrar - disse o postulador - que para um milagre útil ao processo de canonização, alguém deve rezar pedindo a Madre Teresa e ela deve interceder, Deus tem que realizar o milagre, mas também é necessário que as pessoas nos informem sobre o que aconteceu. Então, como postulador, eu me ocupo de que seja estudado e apresentado ao comitê científico adequado”.
"A comunhão dos santos - acrescentou o postulador - permite-nos estar mais ligado à freira beata. De certa forma, é mais fácil agora, porque antes era necessário chamá-la pelo telefone ou em Calcutá, ou escrever uma carta, e como chegavam muitas, a resposta era lenta. Agora podemos nos comunicar com ela 24 horas, todos os dias".
As Irmãs de Madre Teresa no mundo hoje são 5.080 e 765 casas ( 21 na Itália e 7 em Roma).
 

Bento XVI: "Oração não é só pedidos, mas louvor a Deus"

O Papa Bento XVI retomou nesta quarta-feira, 5 de setembro, as Audiências Gerais no Vaticano, já que as últimas foram realizadas em Castel Gandolfo, onde se encontra sua residência de verão.
Na Sala Paulo VI, o Pontífice prosseguiu suas catequeses sobre a “escola de oração”, comentando o Livro do Apocalipse, o último do Novo Testamento. “Um Livro difícil, mas que contém uma grande riqueza”, disse o Papa.
Um leitor apresenta à assembleia uma mensagem confiada pelo Senhor ao Evangelista João. O leitor e a assembleia constituem, por assim dizer, os dois protagonistas do desenvolvimento do livro; deles, já no início, se diz: “Feliz o leitor e os ouvintes das palavras desta profecia, se observarem o que nela está escritos, pois o Tempo está próximo”.
Do diálogo constante entre eles, brota uma sinfonia de oração, que se desenvolve com grande variedade de formas até a conclusão. “Ouvindo o leitor que apresenta a mensagem, ouvindo e observando a assembleia que reage, a oração deles se torna a nossa”, explicou Bento XVI.
O Apocalipse nos apresenta uma comunidade reunida em oração, porque é justamente na oração que sentimos de modo sempre mais crescente a presença de Jesus conosco. Quanto mais e melhor rezarmos com constância, com intensidade, mais nos parecemos com Ele, e Ele entrará realmente na nossa vida, doando alegria e paz. E quanto mais conhecermos, amarmos e seguirmos Jesus, mais sentiremos a necessidade de nos deter em oração com Ele, recebendo serenidade, esperança e força na nossa vida.
Ao final da catequese, o Papa fez um resumo em várias línguas. Em português, disse: “Queridos irmãos e irmãs, no âmbito da «escola de oração», que vos tenho vindo a propor, quero hoje falar da oração no Apocalipse, o último livro do Novo Testamento. Na primeira parte deste livro, vemos a oração viva e palpitante da assembleia cristã reunida no domingo, «no dia do Senhor». Envolvida pelo amor do Senhor, a assembleia sente-se livre dos laços do pecado e proclama-se como «reino» de Jesus Cristo: isto é, pertence só a Ele. Reconhece a grande missão, recebida no Baptismo, de levar ao mundo a presença de Deus. Conclui esta sua celebração de louvor, fixando o olhar diretamente em Jesus e, com entusiasmo crescente, reconhece que Ele detém a glória e o poder para salvar a humanidade. O «amém» final conclui o hino de louvor a Cristo Senhor. Tudo isto nos ensina que a nossa oração, feita muitas vezes só de pedidos, deve, pelo contrário, ser sobretudo louvor a Deus pelo seu amor, pelo dom de Jesus Cristo, que nos trouxe força, esperança e salvação.

Amados fiéis brasileiros de Nossa Senhora das Dores e de São Bento e São Paulo, a graça e a paz de Jesus Cristo para todos vós e demais peregrinos de língua portuguesa. Quanto mais e melhor souberdes rezar, tanto mais sereis parecidos com o Senhor e Ele entrará verdadeiramente na vossa vida. É na oração que melhor podereis dar conta desta presença de Jesus em vós, recebendo serenidade, esperança e força na vossa vida. Tudo isto vos desejo, com a minha Bênção”.